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Prêmio Memória: Biblioteca do TRF 3 é cartão de visitas do tribunal

Na contramão da tendência do país nos últimos anos, quando houve fechamento de bibliotecas públicas, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) destinou um espaço nobre para o seu acervo. Durante a execução do projeto de reengenharia da corte, mais de 50 mil itens ganharam visibilidade no térreo do edifício-sede localizado na Avenida Paulista, em São Paulo. Diante da chegada de 13 novos desembargadores, o tribunal optou por não somente realocar a JF3R – uma das três bibliotecas da corte e que funcionava no sétimo andar -, como transferi-la para o piso principal, antes ocupado por uma agência bancária. Desta forma, a JF3R saiu da metragem acanhada na fração de um quarto que ocupava, em que mal cabia um público de 20 pessoas, para a porta de entrada do tribunal. Na atual disposição, passou a ser possível, inclusive, a realização de eventos, como lançamentos de livros, com a participação de quase 100 pessoas. Contando com vidros transparentes e luminosidade especial, o interior da biblioteca é visto por quem caminha pela calçada à noite. O acervo está disposto por todo o espaço, de pé direito alto, e está disponível para acesso pelo público diretamente nas estantes, que ganharam revestimento em madeira. Os livros podem ser lidos, confortavelmente, em sofás e pufes dispostos no ambiente de onde se vê o mezanino no qual, com a reforma do prédio, foi inaugurado um Centro de Memória do tribunal, também aberto à visitação do público externo. Público persificado  “Agora recebemos na biblioteca em rodas de leitura, curiosos e novos frequentadores, pessoas que passam pela rua e, graças à luminosidade, veem os eventos e entram”, conta a supervisora da biblioteca, Luciana Napoleone. “O projeto foi bem-sucedido graças a uma escolha que a alta administração do tribunal fez, de transformar a biblioteca em cartão de visitas. O espaço físico abriu um novo espaço simbólico”, considera. Mais de mil caixas fora utilizadas na mudança. Foto: Ascom/TRF3 “A impressão do usuário mudou completamente”, acrescenta o coordenador dos serviços unificados da biblioteca na 3ª Região, Luiz Guilherme Martins. Ele destaca a importância da integração da biblioteca ao centro de memória, que antes funcionava no 25º andar do edifício. Supervisora substituta, a servidora Sofia Saheki Skulski diz que, com a mudança, foi possível persificar o público da biblioteca. “Hoje recebemos, por exemplo, advogados, o que não acontecia no sétimo andar, que era restrito ao público interno”, compara a bibliotecária. A servidora relembra o desafio da equipe de quatro profissionais lotados na biblioteca para conduzir a transferência de todo o acervo, que foi concretizada com o apoio da área administrativa e o reforço dos terceirizados. Ao todo, foram necessárias 1.100 caixas. Com o projeto arrojado “Biblioteca JF3R: espaços ampliados e renovados de memória, inovação e cidadania”, o TRF3 foi contemplado na categoria Patrimônio Cultural Bibliográfico pelo Prêmio CNJ Memória do Poder Judiciário 2024. O reconhecimento ganha destaque, especialmente, no contexto observado nos últimos anos no país. Segundo dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), mantido pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, entre 2015 e 2020, o Brasil perdeu mais de 700 bibliotecas públicas. O último recorte disponibilizado no SNBP, de 2022/2023, aponta que hoje existem 5318 dentre as municipais, as distritais, as estaduais e as federais, nos 26 estados e no Distrito Federal. Em 2015, havia 6.057 bibliotecas públicas no Brasil. Leitores aprovam Projeto deu mais visibilidade à Biblioteca JFR3. Foto: Ascom/TRF3 A nova disposição agradou a antigos e novos frequentadores. Apreciador de bibliotecas desde os tempos universitários e há cerca de um ano no TRF3, o desembargador Antonio Morimoto Júnior costuma ser assíduo no local e não poupa elogios aos servidores. “O acervo é muito bem organizado e sem falar que, quando preciso de algum livro que não tem, os servidores procuram nas outras bibliotecas. A equipe é muito prestativa”, comenta. O desembargador ressalta ainda o ambiente agradável e a oportunidade de manusear, fisicamente, os livros. “Você pode folhear, isso é muito gostoso. Às vezes dou uma lida rápida lá mesmo ou faço o empréstimo. E solicito pesquisas também. É um lugar bem tranquilo, com uma mesa grande, cabines e sofás”, descreve Morimoto Júnior, que comparece também aos lançamentos de livros. “É importante porque permite que os magistrados consigam receber as pessoas. Como pulgação do trabalho, é muito bom. E, quando os eventos acontecem, o público externo pode ter noção do acervo e visitar o espaço”, completa. A juíza federal Sylvia Figueiredo, que sempre frequentou a biblioteca, também elogia a mudança. “Antes a biblioteca ficava no sétimo andar e lá as prateleiras eram bem próximas umas das outras. Agora, com as novas instalações, está maravilhoso para fazer pesquisa nos livros físicos”. Lotada no interior, é na biblioteca que ela é acolhida quando vai à sede. “Quando tenho cursos no tribunal, sempre vou ver o material bibliográfico e fazer pesquisas. O novo espaço ficou muito melhor e os servidores são sempre gentis”, ressalta. Texto: Mariana Mainenti Edição: Beatriz Borges Agência CNJ de Notícias Número de visualizações: 84
26/07/2024 (00:00)

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