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Preparação do cliente para o interrogatório - entrevista com André Coura - 01/06/2019

Preparação do cliente para o interrogatório - entrevista com André Coura (O cliente se comunica não apenas pela fala durante o seu interrogatório, mas também, como é próprio da comunicação humana, através da sua linguagem corporal, da expressão facial, da apresentação estética… Todos estes detalhes compõem o discurso (explícito e implícito) apresentado pelo acusado durante o ato processual; O advogado deve entrevistar-se com o seu cliente previamente, pelo menos em duas oportunidades. Em um primeiro momento, é necessário auxiliar o cliente a compreender a dimensão da importância da sua participação no ato processual; como se desenvolverá o ato; quais as personagens participarão e qual a sequência esperada de realização dos atos. É importante que o cliente saiba exatamente o que acontecerá nesta oportunidade; Muito interessante é a estratégia de simular com o cliente, previamente, o ato de interrogatório, antecipando os possíveis pontos de fragilidade e trabalhando-os junto ao cliente, de modo a minimizar as possibilidades de situações desconfortáveis, constrangedoras ou mesmo que coloquem em risco a estratégia técnica defensiva; Nesta oportunidade, o advogado deve fazer uma leitura tanto do discurso oral (as informações prestadas, propriamente ditas) quanto do discurso comportamental do cliente, corrigindo eventuais vícios de postura (linguagem corporal) e exasperações no comportamento (irritação, sarcasmo, etc.), o que pode causar efeitos indesejáveis na impressão formada pelo julgador (ainda que inconscientemente); Não sendo o caso de interrogatório de cliente conduzido diretamente de unidades prisionais para a audiência, quando, costumeiramente, estará trajando o uniforme do respectivo Sistema Prisional, é muito importante que o advogado recomende ao seu cliente a escolha de uma apresentação visual que milite em favor da estratégia defensiva; Aqui, não apenas a vestimenta do cliente, mas também adereços e cuidados pessoais (barba, cabelos, maquiagem, tatuagens à mostra, etc.) participam da composição de uma imagem que será comunicada a todos os demais participantes do ato processual, que, por sua vez e, na condição de pessoas, formam pré-julgamentos (conscientes ou inconscientes) decorrentes do que apreendem pelos sentidos; Há um dito popular segundo o qual “a primeira impressão é a que fica”. Pode até não ser de todo verdadeira a afirmação, mas não há dúvidas que uma primeira impressão estrategicamente conduzida pode influenciar no modo como o julgador apreende o caso penal ou, quando nada, deixar de causar uma impressão que sobrecarregue ainda mais o estereótipo negativo já construído sobre a figura do acusado; Na dúvida, vale apostar na discrição e no comedimento. Roupas mais sóbrias e cores mais frias podem melhor ambientar o cliente naquele contexto que, por natureza, nada tem de alegre, descontraído e colorido; É sempre bom orientar o cliente em relação à sua postura na resposta às perguntas formuladas, para que transmita confiabilidade e segurança no seu discurso; Casos há em que o cliente, convicto de que a “sua verdade” será suficiente a lançar luz sobre a resolução da questão, acaba se delongando nas respostas e contextualizações. Esta “síndrome do contador de histórias” pode ser bastante arriscada para a estratégia defensiva. É imprescindível que o advogado identifique esta questão com antecedência e trabalhe para mitigar os seus efeitos, através de uma sólida preparação do cliente; Salvo se estrategicamente justificadas, manifestações de ordem política, religiosa e de profissão de fé devem ser evitadas durante o ato. Para além de, em regra, não contribuírem com a estratégia de defesa, incorre-se no risco de criar um desconforto desnecessário em relação a outros credos e convicções, inclusive as do juiz) https://canalcienciascriminais.com.br/preparacao-do-cliente-para-o-interrogatorio-andre-coura/
Autor: Mattosinho Advocacia Criminal

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