Comissões temáticas da OAB-PA repudiam declarações feitas por um líder religioso durante culto em Tucuruí
A Ordem dos Advogados do Brasil
- Seção Pará, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Autismo e da Comissão de Proteção aos Direitos das Pessoas com Deficiência,
expressa publicamente que, com grande indignação, tomou conhecimento das
declarações feitas por um líder religioso durante um culto na cidade Tucuruí,
na região sudeste do Pará, na última sexta-feira (12). No vídeo que viralizou
nas redes sociais, a liderança associou a condição do autismo como fato
resultado de influências demoníacas.Tais declarações são
inaceitáveis e demonstram uma profunda ignorância, desinformação e preconceito
sobre a condição do espectro autista. O autismo é uma condição neurológica
reconhecida pela comunidade médica e científica, e deve ser tratada com
respeito, empatia e compreensão. Atribuir características demoníacas a uma
condição de saúde é não só desrespeitoso, mas também irresponsável e perigoso,
pois perpetua a desinformação e o estigma social.Repudiamos veementemente
qualquer discurso que propague o ódio, a ignorância e a discriminação contra
pessoas autistas. É essencial que figuras públicas e líderes comunitários usem
suas plataformas para promover inclusão, respeito e conhecimento.Reiteramos nosso compromisso
com a luta por uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todas as pessoas,
independentemente de suas condições de saúde, sejam tratadas com dignidade e
respeito.Outrossim, a OAB Pará
acompanha as medidas tomadas pelas instituições jurídicas de defesa dos
direitos das pessoas com deficiência, e segue à disposição para o diálogo e
construção de uma sociedade pautada na inclusão e nos direitos humanos.
Anexos