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Reunião reinicia atividades no Aurá
O primeiro dia de aulas dos alunos da escola Santana do Aurá, na Região Metropolitana de Belém, foi diferente. Além das crianças, seus pais e responsáveis participaram, na manhã desta segunda-feira, 22, de reunião com a direção da escola e membros do Comitê de Ação Social e Cidadania do TJPA para tratar das ações que o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) desenvolve na escola e na comunidade que cerca o antigo lixão. Desde as 7 da manhã um grupo de aproximadamente 80 pais, mães e responsáveis já se aglomerava na quadra da escola para assistir à palestra motivacional de servidores do TJPA. “Nosso propósito é sermos não apenas solidários, mas transformadores. Para que vocês possam mudar seu próprio destino, é preciso que tenham vontade e que a oportunidade se apresente. Ninguém pode fazer nada sozinho. Nós do TJPA podemos ter a melhor das intenções, mas se não tivermos a adesão, o querer de vocês, nada pode ser feito”, disse Walbert Monteiro, do TJPA, que tratou da presença dos membros do TJPA na comunidade como um fator que pode ser transformador na vida dos membros da comunidade. Ele também chamou os pais a serem agentes multiplicadores, que possam trazer mais pessoas para as ações da escola. Walbert também mencionou uma equipe multidisciplinar da Universidade da Amazônia (Unama) irá até a escola Santana do Aurá, no próximo dia 24, para consultar a comunidade sobre suas necessidades de aprendizado profissional. O presidente do sindicato dos Oficiais de Justiça, (Sindojus) Edvaldo Lima Júnior, usou sua própria história de vida como forma de incentivar a participação da comunidade nos projetos do TJPA. Ele contou que teve uma infância humilde em uma comunidade sem infraestrutura, e que ao crescer, buscou constantemente oportunidades pessoais e profissionais. Os projetos do TJPA, disse ele, é um exemplo de oportunidade para ajudar a comunidade, mas para isso cada um deve “buscar sua chance”, frisou. Andréa Serra, mãe da pequena Clara, matriculada na educação infantil da escola agradeceu pela possibilidade de participar do projeto “Vivências”, realizado pelo TJPA em parceria com a Unama, que presta assistência psicológica às famílias. Ela disse que sua vida foi transformada e pediu esforço e colaboração dos demais pais nas atividades. “Algumas oportunidades de mudança chegam até nós, então temos que abraçá-las. Não se vê por aí os projetos que existem aqui. Participei do projeto Vivências e tive mudanças de pensamento, atitudes e de vida”. Francisco Costa, outro pai de aluno, participou do curso de construção de fossa biodigestora e do projeto “Vivências”. Ele avalia o ano de 2018 como o ano do despertar de Santana do Aurá após anos de esquecimento. “Convivemos por décadas com o lixão, décadas de esquecimento. Vi algumas pessoas prosperarem aqui e vi outras pessoas morrerem. Nós, da comunidade, sabemos de persos problemas daqui, como a criminalidade. E também sabemos de pessoas recuperadas. É isso o que queremos para nós”. O desembargador Leonardo Tavares, que estava presente à reunião, comemorou os resultados das ações realizadas pelo TJPA e antecipou outras que ocorrerão no decorrer de 2018. “Primeiro vamos receber o número do nosso CNPJ, e a associação passa a existir. Com isso, nosso trabalho fica mais fácil porque que virão outros cursos para a comunidade. Teremos o curso do Sesc-Senac, um curso para horta comunitária, e outras coisas que vão acontecer durante o ano, dando continuidade ao projeto. Haverá também convênios para orientações e palestras. Hoje, tivemos a presença de muitos pais, e isso significa que eles acreditam em nosso trabalho”, avaliou.
Fonte:
TJ Para
22/01/2018 (00:00)
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