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Réu é condenado a 33 anos pela morte do menino Pethrus

Após 17 horas de julgamento, o Conselho de Sentença da Vara Criminal de Bragança reconheceu a culpabilidade de Antônio Sérgio Barata da Silva e o condenou a 33 anos de reclusão, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, em que foi vítima Pethrus Augusto Maia Orozco, que tinha quatro 4 anos à época do crime. A sessão de Júri foi presidida pela juíza Cintia Walker Beltrão Gomes, que anunciou a sentença ao réu e ao público presente às 1h30 desta quarta-feira, 14. Antônio Sérgio, que já conta com antecedentes criminais, teve negado pela magistrada o direito de recorrer em liberdade, e já saiu preso do Salão do Júri da Comarca de Bragança. O julgamento de Antônio Sérgio, que é ex-oficial de justiça, iniciou as 8h30 de ontem, dia 13. Estavam arroladas 27 testemunhas entre acusação e defesa, mas apenas 15 compareceram e foram ouvidas em plenário, sendo 12 de acusação e três de defesa. As testemunhas que faltaram, por não serem imprescindíveis, foram dispensadas pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. Durante seu interrogatório na sessão de júri, o réu negou a autoria de ambos os crimes. Dentre as testemunhas de acusação estavam peritos, policiais e a mãe da vítima, que assumiu ter mantido um envolvimento de dois meses com o acusado, mas rompeu o relacionamento, retomando seu casamento. Para a Promotoria de Justiça, o rompimento do romance desencadeou o sentimento no acusado de se vingar do casal. Na acusação atuaram os promotores de Justiça Daniel Barros e Bruno Sanches Damasceno, e na assistência do réu, o defensor público Renan França Rodrigues.  Consta na denúncia que Pethrus estava em frente à residência de seus avós, quando foi levado por Antônio, no final da tarde do dia 20/04/2008. O corpo da criança foi encontrado dois dias depois no lago Buracão, na estrada Braqança/Aiuruteua, na localidade Bacuriteua. O acusado teria tentado levar a irmã de Pethrus também, à época com 10 anos, mas ela entrou na casa dos avós. Antônio Sérgio havia sido vizinho da família da vítima. Mês Nacional do Júri - A sessão de julgamento de Antonio Sérgio é uma das cerca de 200 que estão pautadas em todo o Estado para serem realizadas durante este mês de novembro, na programação do Mês Nacional do Júri, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça. A desembargadora Maria de Nazaré Gouveia dos Santos, gestora do Mês do Júri no Pará, esteve presente na sessão de Júri de Bragança e, na abertura dos trabalhos, falou aos presentes sobre a importância dessa iniciativa do CNJ, encampada por todos os tribunais brasileiros. A magistrada destacou a relevância de julgamentos de crimes dolosos contra a vida como uma forma de prestar contas à sociedade, demonstrando que o Judiciário contribui para o controle social e manutenção a segurança pública.
Fonte:
TJ Para
14/11/2018 (00:00)

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