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Projetos querem mudar histórias de vida

Escrever e reescrever a própria história são a inspiração de dois projetos inaugurados nesta segunda-feira, 27, como resultado de um pacto firmado entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e 15 instituições governamentais e da sociedade civil. O objetivo é assegurar reinserção social de jovens, egressos, socioeducandos e suas famílias, em um processo de resgate da cidadania que envolverá esporte, cultura, lazer, profissionalização, musicalização, atendimento multidisciplinar e a preparação efetiva para o mercado de trabalho. Os projetos "Escrevendo e Reescrevendo a Nossa História" deram a partida, respectivamente, em dois locais: a paróquia Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro, no Telégrafo; e o Espaço Maria Augusta, na Transcoqueiro, no Una. O "Reescrevendo a Nossa História" tem como meta para 2017 atender a 600 pessoas, com o objetivo de inseri-las no mercado de trabalho e reduzir a reincidência de ilícitos em Belém e na região meteropolitana. O projeto será conduzido pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), com apoio da Federação de Empreendedores Adventistas do Pará. Na Paróquia Mãe do Perpétuo Socorro, a Fundação Carlos Gomes inicia a partir de abril curso de musicalização, envolvendo o ensino de teclado, violão, flauta doce e outros instrumentos para cerca de 450 pessoas, entre 7 e 21 anos, no espaço social mantido pela paróquia no Telégrafo, considerado entre os mais violentos de Belém. Os dois projetos são fruto de uma parceria que une MPT, Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado (Fasepa), Fundação Carlos Gomes, Companhia Docas do Pará (CDP), Secretaria de Segurança Pública (Segup), Instituto Internacional de Educação Brasileira, Centro de Estudos e Memória da Juventude Amazônica, Instituto Universidade Popular (Unipop), Igrejas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Benedito e Luterana, Conselho Tutelar do Barreiro, Associação dos Moradores da Vila da Barca e ProPaz. FAMÍLIAS Representando o presidente do TJPA, desembargador Ricardo Ferreira Nunes, durante a solenidade, o juiz titular da 3ª Vara de Infância e Juventude, Wanderley de Oliveira Silva, disse que a inserção das famílias nos projetos é uma questão crucial. "Se não possibilitar minimamente a reestruturação dessa família, o jovem vai viver onde? Na rua? Então a família vai ser assistida pelos cursos; é a empoderação da dignidade, geração de renda e outras coisas mais", disse ele, ao informar que haverá cerca de dez oficinas e cursos profissionalizantes contínuos durante todo o ano, de segunda a sexta-feira. Segundo ele, os projetos são uma convocação à sociedade para unir-se em parcerias. "O empresário será chamado também a abrir as portas, jogando a discriminação por terra para absorver esses jovens que vão estar sendo preparados pelo projeto, seja como menor aprendiz, seja como contratado, seja no mundo do empreendedorismo; então o projeto abre um leque justamente para atender a essas necessidades cruciais", disse ele. O prefeito Zenaldo Coutinho também participou da solenidade de abertura no Espaço Maria Augusta. Segundo ele, trata-se de duas iniciativas "extraordinárias", conduzidas por instituições sérias e voltados a medidas de reaprendizado, de qualificação, de reaprendizado de valores, para que haja uma mudança comportamental e novas perspectivas de vida à juventude. "Merece de nós apoio e é por isso que a Prefeitura de Belém está de braços dados com o Tribunal, com o Ministério Público do Trabalho, para que a gente possa alcançar êxito nessas políticas de ressocialização", disse o prefeito. CIDADANIA A desembargadora Zuíla Dutra, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, que coordena no Pará e Amapá a campanha institucional contra o trabalho infantil, considera que os projetos resgatam a cidadania para centenas de jovens que estarão envolvidos nas atividades de formação e informação. "Isso é muito importante porque a sociedade interessa a todos nós e a paz só ocorrerá se todos estiverem em paz", assinalou. Taís Farias, representante da OIT Brasil no evento, frisou a importância da união entre instituições para a inserção no mundo do trabalho de jovens em conflito com a lei ou em situação de vulnerabilidade social. "Você tira os estereótipos que são construídos, que excluem as pessoas, para que tanto adultos quanto jovens possam recuperar aquele tempo de educação, possam ter a formação profissional e haja aquela ponte com a sociedade civil para a inserção no mundo do trabalho de maneira produtiva". Na paróquia Mãe do Perpétuo Socorro, o padre Márcio Halmeslagher lembrou que a igreja está em um bairro, cuja realidade social é muito carente. "Temos percebido, como igreja, de que só o atendimento religioso não basta, que a gente precisa se preocupar com a pessoa na sua totalidade", diz ele, ao informar que o trabalho pastoral inclui a visita às famílias, crianças, adolescentes e idosos. "A gente percebe que, quando as crianças e adolescentes estão fora do contexto escolar, ficam muito vulneráveis a situações de desumanização. Enquanto o pai e a mamãe estão no trabalho, a criança fica na rua ou fica por aí", observa, ao explicar que a parceria com a Fundação Carlos Gomes permitirá que a paróquia ofereça à comunidade algo mais além da escola. As solenidades contaram com a participação do grupo de chorinho da Associação Paraense de Pessoas com Deficiência (APPD) e do Grupo de Percussão do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), das crianças do projeto Música e Cidadania, da República de Emaús, da soprano Dhuly Contente, responsável pelo polo do projeto na Igreja do Perpétuo Socorro; e do pianista Paulo José Campos de Melo, presidente da Fundação Carlos Gomes. Também participaram o procurador do Ministério Público do Trabalho no Pará, Sandoval Alves da Silva; e o Procurador Geral do Ministério Público Federal do Trabalho, Ronaldo Fleury.
Fonte:
TJ Para
27/03/2017 (00:00)

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