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Engenheiro é condenado a 29 anos acusado de mandar matar colega

Jurados do 3º Tribunal do Júri de Belém, presidido pela juíza Angela Alice Alves Tuma, votaram nesta terça-feira, 17, pela condenação de Carlos Augusto de Brito Carvalho, de 44 anos, engenheiro químico, acusado de planejar e contratar pessoas para executar Raimundo Lucier Leal Junior, de 59 anos, engenheiro mecânico, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ambos integravam a diretoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA). A pena aplicada ao réu foi de 29 anos de reclusão e será cumprida em regime inicial fechado. A decisão acolheu por maioria dos votos dos jurados a tese acusatória sustentada pelo promotor de justiça Samir Dahás Jorge de que o réu foi autor intelectual do crime, cometido por motivo torpe, movido pelo sentimento de vingança, e com recurso que tornou impossível a defesa da vítima, ao agir de emboscada. A sessão durou mais de dez horas de julgamento, realizado no Fórum Criminal de Belém. O defensor público Alessandro Oliveira, que promoveu a defesa do réu, sustentou a tese de negativa de autoria, com base nas declarações prestadas pelo réu no interrogatório durante o júri. Ele afirmou durante o julgamento que a vítima teria descoberto irregularidades na comissão onde atuava, e que teria passado ao réu ficar à frente das investigações por temer represálias contra a sua família. Além de duas testemunhas que prestaram depoimento no júri, uma delas a viúva da vítima, Maria de Fátima, também engenheira, prestou informações sobre a relação de trabalho do marido, que sempre procurou ser cumpridor dos deveres enquanto professor universitário e como membro de comissão no CREA, da qual o réu também integrava. O delegado Vicente Ferreira, que atuou no caso, também prestou informações de como chegou ao acusado, através das imagens de câmeras de segurança do local do crime, identificando placa da motocicleta que deu fuga ao executor. O delegado disse também ter recebido denúncia anônima que apontava o réu como mandante do crime. A denúncia também indicava endereços onde o réu poderia ser encontrado. Um engenheiro do CREA arrolado pela defesa do réu prestou declarações e revelou que o réu vinha faltando em várias reuniões de trabalho e, por isso, foi destituído do cargo. Após o crime, ele retornou às reuniões. Informações do processo Na fase das investigações policiais, o réu alegou ter contratado os dois co-réus “para dar um susto”, e que os dois teriam se excedido, vindo a matar a vítima. A arma usada no crime foi repassada ao executor pelo mandante, que prometeu pagar ao atirador a quantia de R$ 2000. Ao mototaxista que ajudou o executor na fuga, ele prometeu o valor de R$ 500. O executor do crime, Edmilson Farias, foi julgado em novembro de 2017 e também condenado a 29 anos de reclusão. Atualmente ele se encontra foragido do Sistema Penal. O mototaxista Allan Franklin Ferreira Rego foi condenado num júri realizado em dezembro de 2016, a 8 anos e 4 meses, por ter tido uma participação menor. Porém, teve o júri anulado por desembargadores do TJPA, sendo submetido a novo júri popular nesta última segunda-feira, 16. Na ocasião, os jurados, embora tenham reconhecido que o moto axista participou do crime, decidiram por maioria dos votos absolver o réu. Raimundo Lucier Marques Leal Júnior foi atingido por três disparos de arma de fogo, dentro de seu veículo, por volta das 12h do 4 de agosto de 2012, quando saía de uma oficina mecânica, localizada na avenida Duque de Caxias, entre as travessas Enéas Pinheiro e Pirajá, no Bairro do Marco, Belém. A poucos metros do local, numa vila próxima à oficina mecânica. Conforme investigações da polícia, a motivação do crime foi em razão de que a vítima tinha proposto à diretoria do CREA, devido as constantes faltas não justificadas em reuniões de trabalho, o desligamento do réu da comissão que ele integrava, no próprio CREA.
Fonte:
TJ Para
17/04/2018 (00:00)

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