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Cinema auxilia reflexão sobre violência

Maria Eduarda Nascimento cursa o 9º ano do ensino médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Santa Luzia, no bairro da Sacramenta, em Belém. A estudante foi ao cine Líbero Luxardo, na manhã desta sexta-feira, 23, junto com mais 34 colegas de sala para assistir ao filme “O sorriso de Monalisa", que retrata a vida de mulheres nos anos 50 e a luta de uma professora contra o pensamento conservador da educação das mulheres da época. Após a exibição do filme, Maria Eduarda, que pretende cursar medicina, comparou a história que assistiu à realidade que vive. “Acho que estamos conseguindo superar aos poucos esse pensamento, mas ainda existe muito machismo. Nas aulas tento aprender o máximo sobre isso, para chegar onde eu quero e não ter que depender de homem. Já consegui ver algumas modificações nos meninos também. Estamos conseguindo levar o que vemos na escola para a nossa vida e esse machismo vai acabar”, disse. A sessão de cinema é uma das atividades do projeto “Judiciário na escola”, do Tribunal de Justiça do Pará, que tem a metodologia de formação de professores, alunos, pais e responsáveis no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Temas como lei Maria da Penha, desigualdade de gênero e combate à violência contra mulheres são tratados em persos momentos nas escolas. O primeiro é de formação de professores, que são orientados a trabalhar com os alunos e desenvolver a temática por meio de técnicas e dinâmicas como vídeos, redações, desenhos e outros métodos de aprendizado para reforçar o combate à violência. O segundo momento envolve pais e responsáveis, que participaram de uma reunião sobre violência doméstica, na qual tiveram noções das formas de violência. Durante a semana, os alunos do 9º. ano da escola Santa Luzia assistiram a uma palestra sobre violência de gênero e machismo. Para a pedagoga do TJPA, Riane Freitas, que coordenou a programação, o objetivo da sessão de cinema é de tirar os alunos da sala de aula e trazê-los ao debate, pois alguns alunos vivenciam essas situações de violência em casa. Ela salientou a importância de formar toda a comunidade escolar para tratar da violência, especialmente os professores. “Essa conscientização é muito importante, pois cada professor tem em média 400 alunos por ano. Se conseguir multiplicar esses conhecimentos para sua rede de familiares e de vizinhos isso chega a muita gente”. Segundo Riane, a Cevid planeja levar uma escola por mês ao cinema para uma sessão de um filme com essa temática. Micheliny Cardoso Santos de Campos, professora de língua portuguesa que participou da programação, considera o processo de conscientização de toda a comunidade escolar muito significante, pois a violência doméstica é velada e faz com que alunas não contem a violência que sofrem ou veem. “As adolescentes não têm noção de que mesmo de uma forma sutil podem sofrer qualquer tipo de violência. Então, temos feito em 2018 todo esse processo de conscientização com os alunos, para termos discussões, com a exibição de curta metragens, de vídeos. O depoimento também é muito importante porque serve de alerta para alunas que, por algum motivo, sentem vergonha. Muitas moram em zona de risco, em que o tráfico de drogas e toda a vulnerabilidade da violência está latente. Às vezes, a situação é muito explicita com o pai e a mãe ou algum outro caso de família”, explica. A professora contou que, com a exposição do assunto em sala de aula, as alunas têm mais facilidade para relatar casos que vivenciam. “Na discussão em sala de aula, vemos essa facilidade de colocarem para fora toda essa repressão. Elas contam os casos, se sentem à vontade, se emocionam, e isso é válido para nós e significa que elas são acolhidas e procuram ajuda. Estamos na escola exatamente pela questão educacional de dar a elas o apoio educacional, emocional, e o próprio exercício de cidadania”, concluiu. O projeto “Judiciário na Escola” teve adesão de 5 escolas da rede pública estadual. O projeto foi criado em agosto de 2017 pela Coordenadora Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), que tem à frente a desembargadora Diracy Nunes Alves, e contou com a parceria da Secretaria Esatual de Educação (Seduc).
Fonte:
TJ Para
23/03/2018 (00:00)

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