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Acusado de roubo e tentativa de homicídio é condenado a 23 anos

Jurados do 3º Tribunal do júri de Belém, presididos pela juíza Ângela Alice Alves Tuma, condenaram Heliton Chucre Pimentel, conhecido como “Long”, 29 anos, acusado de tentar matar e roubar Antônio José Lopes das Dores, 51 anos, investigador da Policia Civil. Por maioria dos votos, os jurados acolheram a acusação sustentada pela promotora Ana Maria Magalhães Carvalho, em desfavor do réu, de ser co-autor do crime de tentativa de homicídio e pelo crime conexo de roubo consumado, rejeitando a tese do defensor público Rafael Sarges de negativa de autoria. A pena aplicada ao condenado, de 14 anos por tentativa de homicídio, que foi somada ao crime de roubo majorado 09 anos, será de 23 anos de reclusão em regime inicial fechado e mais 120 dias multas. Por se encontrar em local incerto, sendo notificado do júri por edital, foi negado ao réu o direito de apelar da condenação em liberdade, sendo expedido mandado de prisão para iniciar o cumprimento da execução da pena. A sessão realizada nesta quinta-feira, 24/05, durou cerca nove horas no salão do júri do Fórum da Capital. A promotoria usou o tempo da réplica para reforçar a tese acusatória e rebater argumentos do defensor que suscitou dúvidas sobre a autoria, defendendo a tese técnica de negativa de autoria. Para a promotoria a autoria do crime está comprovada pelas provas do processo, em especial pelo reconhecimento dos autores do crime e pelo depoimento da vítima que sobreviveu, após passar por cirurgia na qual perdeu parte do estomago. Consta na denúncia, com base nas provas documentais e testemunhais que o crime ocorreu por volta das 19 horas, do dia 10/01/2008, na frente da residência da vitima, numa passagem do Bairro Cremação, em Belém. A vitima estava retornando do trabalho e quando entrava na garagem da sua casa foi assaltada por três inpíduos, um deles armado. Um dos assaltantes, à época adolescente, Cleuber Luiz Moraes, 17 anos, pegou a carteira porta cédulas da vítima e retirou dinheiro e cartões de crédito, quando percebeu, pela identidade funcional, que a vítima era policial, anunciou aos comparsas, “mata, mata ele que é policia”, tendo Heliton Chucre efetuado disparo contra a vitima. O jovem foi morto em 17/04/2016. Baleada no abdômen, o investigado conseguiu sacar sua arma e atingir um dos assaltantes, na perna. Os dois outros fugiram e posteriormente foram identificados e presos. O adolescente que participou dos crimes foi representado na vara especializada e entregou os dois comparsas. Coube ao jovem a aplicação de pena sócio educativa. Pouco mais de um ano o jovem em liberdade foi morto a tiros. O segundo acusado identificado e chegou a ser preso praticando outro assalto, acabou fugindo e posteriormente, sendo assassinado um ano depois.
Fonte:
TJ Para
24/05/2018 (00:00)

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